domingo, 20 de maio de 2012
Doce, Amargo e Frio
Obs: Algumas cenas deste capítulo e do anterior foram tiradas dos episódios 14 e 15 da primeira temporada do anime.
Cap. 9
Doce, Amargo e Frio
Já se passaram cinco dias desde o primeiro movimento de Mao em muito tempo, e agora Lelouch está de volta ao seu minúsculo apartamento abafado, paralisado perto da única janela no local enquanto fita um envelope volumoso sobre a mesa em frente. Com uma careta incomodada, ele retira o conteúdo da embalagem novamente e admira o bolo de dinheiro enviado por sua patroa. Seria algo bom um serviço realizado durante poucas semanas render quase cinco vezes o seu antigo salário de motoboy, contudo há objeção.
Depois de tudo, o Lamperouge só consegue enxergar o rosto de C.C. em cada nota, e apesar de não ter certeza com o que está tão aborrecido, o rapaz arremessa o pacote na cama gritando de raiva. Neste momento, uma equipe de policiais deve estar rondando a mansão dos Corabelle durante a folga dos empregados, por tempo indeterminado. Eles provavelmente estão usando uma quantidade semelhante de renda, recebida pelo correio na própria casa, como aconteceu consigo, para se manter no decorrer da situação.
Já a ricaça permanece desaparecida para todos os efeitos, longe dos holofotes e de qualquer meio de comunicação. Seu segurança nem ao menos pode confirmar se ela está em um esconderijo decente, talvez ainda no prédio ao lado da sua propriedade, como era o plano original. De repente o motoqueiro sente desejo de sair, algo que vem evitando para não atrair mais atenção pública além da recebida. Ele pega o molho de chaves que sempre leva consigo e gira a maçaneta da porta, mas então seu celular toca.
O número é desconhecido, e embora não costume aceitar ligações estranhas, desta vez a chamada é respondida. E para a sua surpresa, a voz na outra linha não apenas fica alegre em ser ouvida, como também quer vê-lo. Sendo assim, o desejo de Lelouch muda e o jovem decide se encontrar com Mao na mesma praça onde levara C.C. há um tempo, próxima à mansão. Chegando ao local, o Lamperouge estaciona sua moto e localiza seu rival sentado dentro de um funicular, escutando algo num fone de ouvido circoauricular.
Excerto pelos costumeiros óculos escuros, ele não parece preocupado em esconder o rosto caçado pela polícia enquanto joga xadrez sozinho, usando um tabuleiro posto na escadaria entre os assentos. Sentindo a presença do alvo, o estranho adversário fica de pé e convida o motoqueiro para jogar. Entre desconfiança e orgulho, uma guerra silente inicia e perdura durante a subida do vagão, até um membro da dupla resolver dialogar.
- É a primeira vez que eu jogo esse jogo. – Mao confessa sorrindo, surpreendendo o segurança particular – Você pode fazer uso de falhas para atravessar? – o rapaz não se expõe, pensativo sobre a real intenção do inimigo, que logo faz o movimento seguinte – Você não devia prestar mais atenção no duelo? Você vai perder.
- Seu mentiroso. O que era aquele papo que esta é a sua primeira vez?
- Bem, talvez eu tenha blefado. – o veículo finalmente para, e a batalha termina de modo chocante para Lelouch – Ei, tudo bem se eu considerar esta a minha vitória? Creio que perder no seu jogo de domínio seja muito perturbador para você.
- Como sabe que eu costumo jogar xadrez? Esteve me espionando?
- Eu não me importo com você. C.C. é a única que me interessa. Mas sua vida foi toda exposta descuidadamente, então não é de se estranhar que eu saiba de uma coisa ou duas. Agora, você deve ter ouvido sobre mim da C.C. – o sorriso de Mao fica confiante.
- O que você quer de mim? Eu não sei onde a C.C. está.
- Ah, mas eu sei. – a resposta faz os olhos do Lamperouge se arregalarem antes de ambos levantarem dos bancos – E antes que eu vá busca-la esta noite, vim avisar para o cruel imperador se manter longe do meu caminho, caso não queira se machucar.
- Então perdeu seu tempo. Eu não sou homem de recuar por meras ameaças.
- Oh não, isso não foi uma ameaça! É só um aviso, que você deveria considerar. Afinal, se algo acontecesse com você, acha que seria indevido? – o primeiro entregador de C.C. sai do funicular andando de costas – Não há nada mais justo que a morte para alguém que brinca com os corações dos outros.
Irritado, o motoqueiro corre atrás do adversário, porém as portas se fecham antes de pegá-lo, e o vagão começa a descida. Talvez Mao tenha blefado outra vez sobre ter descoberto o esconderijo da ricaça, contudo ele prefere não arriscar e volta à mansão da patroa pela tarde. Escondido nas sombras, o segurança entra no local já se dirigindo ao segundo andar, quando ouve passos atrás de si e vê a herdeira de Corabelle descendo os degraus à esquerda da escadaria, que se divide no meio para levar a corredores distintos.
- Continua perdido? – a mulher pausa no patamar e espera o visitante chegar perto – Parece que nós estávamos pensando na mesma coisa.
- É o que parece. – ele suspira, mantendo uma pose séria como ela.
- Eu acho que nós seremos capazes de cooperar.
- Sim. – antes que Lelouch diga mais alguma coisa, um número conhecido liga pra seu celular, e ao reconhecê-lo, o rapaz hesita antes de atender – Sim?
- “Sou eu, Lulu.” – a voz sarcástica na outra linha faz o Lamperouge fitar a moça pelos cantos dos olhos, o que revela na expressão dela o reconhecimento de quem fala – “C.C. está aí, certo?! Eu quero falar com ela a sós. Entregue o telefone para ela.” – com o cenho franzido, o motoqueiro leva um instante para obedecer, vendo a jovem pegar o aparelho e ouvir atenciosamente as palavras do ex-motoboy enquanto desce a escada.
- Lelouch, fique contente. – C.C. desliga o telefone e se volta sorridente para ele – Agora mesmo, as coisas entre você e eu chegaram a um fim. – ela arremessa o celular nas mãos do confuso parceiro – Eu vou acertar as coisas com o Mao.
- Isso é uma traição? – o segurança questiona um tanto nervoso.
- Por que você está perguntando isso agora? Eu nunca pensei em você como um aliado, apenas um cúmplice. – a ricaça dá as costas para Lelouch e anda até a porta.
- Espere! – a voz dele faz com que a moça se vire de novo – Eu não posso deixar que você parta deste jeito. – o rapaz toma fôlego – Não vá! – seu tom de voz sugere uma ordem – C.C., fique ao meu lado! – ainda séria, a mulher se volta inteira na sua direção.
- Isso é surpreendente. Fazendo isso, você não será como Mao?
- Mas que tipo de jogo doentio você acha que estamos jogando?
- Bem, se isto fosse um jogo, esta seria a ocasião de usar uma manobra inteligente. Você é bom em xadrez, então por que está tão relutante com a próxima jogada? Não é uma briga de quem será manipulado primeiro; é uma estratégia.
- Então está sugerindo que eu aceite o seu sacrifício para ganhar o jogo?
- Eu acredito que a perda deliberada da rainha no xadrez seja chamada de “Ataque Marshall”, certo?! – ela ri brevemente – Embora seja pretensão uma bruxa agir como a rainha. Enfim, não se preocupe. Você poderá cumprir seu desejo de dar um bom futuro para sua irmã, como se nada tivesse acontecido e como se nunca tivesse me conhecido. – C.C. caminha até a entrada e abre a porta – Mao não aparecerá na sua frente de novo. Com isso, seu problema foi resolvido. Meus parabéns e adeus. – e dito isso, a herdeira de Corabelle fecha a porta e deixa um estático Lamperouge para trás.
...
Na casa dos Kururugi, o cansado Lelouch dialoga com o homem da casa durante a primeira hora da noite, se recostando na poltrona da sala de estar. Como de praxe, a sua irmã está ajudando Euphemia a preparar o jantar na cozinha.
- Francamente Suzaku, a sua vida é tão maravilhosamente doce que até me enoja. – Suzaku ri do comentário diante a careta do amigo – Aposto que muita gente daria um rim para ter metade do que você tem, a começar pela aparência.
- Ah, mas isso é o de menos. Provavelmente, eu não teria nada do que tenho hoje se não fosse pela Euphe. Ela é como um dia de sol: radiante e calorosa; a melhor parte da minha vida. Você nunca sentiu algo parecido com a C.C.?
- Nem de longe. Pra mim, C.C. é igual a uma sombra fresca: escusa e convidativa.
- Mas sempre pensei que você gostasse de sombra e água fresca.
- Muito engraçado. – o motoqueiro suspira, fazendo o comerciante juntar as mãos e fechar os olhos em momentânea reflexão.
- Para ser sincero, o que me contou não é uma novidade. Você sempre deixa o seu orgulho te atrapalhar em ocasiões inapropriadas. Se apenas fosse mais sincero naquela hora, as coisas poderiam ser diferentes. – o Lamperouge não responde ao comentário e pega a xícara mais próxima da mesa de centro sem prestar atenção, bebendo um gole do líquido e fazendo careta – O que foi? O chá está ruim?
- Não, mas... Minha boca está amargando. – ele devolve a chávena ao seu pires e o Kururugi, estranhando a reação, segura o recipiente, cheirando o aroma.
- Lelouch... Isto é café. – Suzaku bebe o conteúdo – Mas não está amargo.
- Sei a razão dessa sensação de amargura. – Euphemia se aproxima do sofá e senta ao lado do marido após secar as mãos no seu avental – Lulu está preocupado com C.C.
- E eu não deveria estar. – o aborrecido Lelouch rebate, apoiando o seu cotovelo esquerdo no braço da poltrona para colocar o queixo na mão – Ela mentiu para mim. Eu sei que fiz o mesmo, contudo não pretendia prejudicar ninguém.
- Pode ser, mas Lelouch, ela justificou aquelas atitudes.
- Você confia muito nas pessoas, Suzaku. Como sabe que ela não estava mentindo sobre isso também? Aquela mulher é uma manipuladora profissional.
- Agora chega Lelouch! – a moça no recinto eleva a voz de repente, espantando os homens – Está se comportando como uma criança orgulhosa! C.C. foi sincera com você de verdade, então não a trate mal assim! Não sabe tudo pelo que ela já passou.
- Por que está me dizendo isso? Do que você sabe, Euphe?
- Se a C.C. não contou, eu também não vou falar. Vai ter que perguntar a ela. – a futura mamãe cruza os braços e franze o cenho, o que seu marido considera adorável.
- Olha Lelouch... – ele suspira ao prosseguir – Independente do que tenha lido no diário da Shirley; e você ainda nem deve ter se desculpado por isso, eu imagino; não dá para traçar o perfil de uma pessoa somente com base nas opiniões dos outros.
- Além do mais, o que a Shirley colocou no papel foi apenas a sua visão dos fatos. – Euphemia complementa – Durante o meu interrogatório, ela confessou que não sabia o motivo da C.C. começar esse suposto hobby de demitir entregadores de pizza quando escreveu aquelas coisas. Você não devia ter brigado com a C.C. antes de ouvir isso!
- Euphe, você interrogou a Shirley? – o comerciante dá um sorriso preocupado.
- Foi depois de saber por que C.C. decidiu sair de casa. Mas eu peguei leve, fique tranquilo. – escutando isso, o Kururugi deixa o semblante mais terno – Enfim, a questão mais importante é que você realmente se apaixonou pela C.C., não é verdade Lulu?!
- Como é? É um exagero usar essa palavra. É verdade que passar um tempo com aquela bruxa não foi tão desagradável quanto pensei; excerto quando ela me provocava. Posso ter me apegado à C.C., mas apenas isso! – o casal ouvinte troca um rápido olhar.
- Sabe, o motivo de C.C. ter se afastado de você e dos outros é bastante óbvio se pensar bem. – a mulher levanta um indicador, fitando o teto em reflexão – Mao quer à ela, então, desde o início, C.C. devia estar pensando em atrai-lo, e não despista-lo. Além disso, tinha a segurança de que nada poderia acontecer a vocês por causa do seu contato com a polícia, desde quando denunciou a perseguição. E como você é tão inteligente, é provável que já tenha entendido isso há algum tempo, e agora só está irritado consigo mesmo por ter dito coisas ruins na hora da raiva.
- E sabe que não adianta inventar desculpas para manter esse sentimento. Então, o que você quer fazer, Lelouch? – Lelouch olha rapidamente para o amigo, encara o chão e logo levanta a cabeça, passando as mãos no rosto com raiva.
- Maldição! Ela vem e vai quando bem entende. É difícil entender uma mulher tão teimosa. – ele range os dentes ao fazer uma careta – Idiota!
...
Em um parque de diversões abandonado, C.C. está à procura de algo, ou alguém, na escuridão. Subitamente, as luzes se acendem e a roda gigante começa a girar. O telão de frente para a mulher liga, e atrás dela o carrossel se move. Ela se vira e Mao aparece.
- C.C.! Por que você está tão calada? – ele fala enquanto roda, montado em um cavalo – Você é realmente super incrível!
- Você continua sendo infantil como sempre. – a ricaça sussurra.
- Estava esperando que você me chamasse de “seu príncipe em um cavalo branco”, já que eu vim especificamente para pegá-la. – o antigo entregador de pizza ri ao descer do brinquedo – C.C., você está feliz, certo?!
- Mao, eu já lhe disse antes. Para mim, você é apenas...
- Isso é apenas uma mentira! Uma mentira! – o perseguidor caminha até a presa – Porque a C.C. me ama demais. – Mao retira seu grande fone de ouvido das orelhas e estica as mãos, permitindo que se escute o som da moça falando algumas frases com o nome dele no meio, e assim ela franze o cenho.
- Você ainda ouve as gravações que fez da minha voz? – ele ri em retorno – PARE!
- C.C., você é a única! – o ex-motoboy desliga o seu fone – Você é a única que eu quero! Eu não me importo com o Lelouch ou qualquer outro! – confessa avançando na direção da jovem, que recua – Desde que você venha...
- PARE! – C.C. grita novamente, retirando a sua pistola escondida e derrubando o fone de ouvido da mão do alvo ao apontá-la – Eu devia ter feito isto desde o início. Não cederei mais às suas ameaças. – entretanto, antes que ela consiga puxar o gatilho, Mao é mais rápido e atira no braço direito dela com seu próprio revólver, anteriormente oculto.
- Como eu pensei, C.C. nunca atiraria em mim. C.C. me ama! – ele aponta para si mesmo e curva o corpo, batendo palmas.
- Não! – a mulher ofega, apertando a ferida – Eu estava apenas usando você! – na mesma hora, o perseguidor para de rir e se aborrece.
- O que você está dizendo? – Mao endireita a coluna e aponta a arma – Mentir é ruim. Mentir... Você não deveria mentir! Mentiras são... – outro disparo quase atinge a ricaça, que desvia rapidamente deitando de costas, porém o inimigo pressiona seu braço machucado contra o chão – Não se preocupe. Eu entendo. – o ex-motoboy observa o céu – C.C., eu tenho uma casa construída na Austrália. Ela é linda, quieta, uma casa branca. – a mão livre dele começa a tremer – Mas nós precisamos pegar um avião para chegar a Austrália... Mas C.C., você é grande demais para levar no avião como uma bagagem de mão. – diz largando a arma no chão, indo até a coluna perto de uma placa – Então... Eu vou compactá-la! – uma serra elétrica surge entre seus dedos, que a ligam de imediato – Será rápido se eu usar isto! – como demonstração, ele corta a placa ao meio.
- Essa é a minha punição? – a moça geme no chão.
- Você está enganada. – Mao repete a palavra “enganada” várias vezes e começa a se reaproximar dela, com um sorriso no rosto – Eu estou agradecendo você. – de repente, o telão de aviso do parque é aceso, chamando a atenção da dupla.
- Como eu pensava, você está aí. – Lelouch surge na imagem – É tão fácil achar esse lugar. – o plano de fundo atrás dele parece ser de um lugar longe dali.
- Lelouch... – C.C. murmura com a voz muito fraca.
- De fato, de fato! – o antigo entregador da herdeira de Corabelle ri e bate palmas, parando a serra elétrica – Mesmo assim, o que você pretende fazer? Parece que você se esforçou bastante só para invadir este lugar. Você pretende usar brinquedos por controle remoto para lidar comigo? Ou você pretende usar a sua língua afiada para me convencer a me render? – o Lamperouge não responde – Ei, você vai ficar calado agora? Se você quer a C.C. de volta, você tem que...
- Mao, não me diga que você pensa que Cecilia Corabelle é o nome real dela?! – Mao se espanta e olha a ricaça de rosto virado para o segurança – C.C. foi recolhida de um orfanato, então ela tinha outra identidade. – ele faz uma pausa e sorri com confiança – Eu sei o nome verdadeiro dela.
- Isso é verdade C.C.? – a jovem continua quieta, sem fitá-lo – Você nem mesmo me contou... Por que você contou para uma pessoa como ele?
- Você entende, não entende?! – o motoqueiro prossegue – C.C. é minha. – o seu sorriso aumenta vendo o rival encará-lo em fúria – C.C. é minha, Mao. – indignado, o adversário sobe no pequeno palco abaixo da tela e grita “não” repetidamente.
- A C.C. é minha desde muito tempo atrás!
- Eu tomei tudo da C.C. Até mesmo as partes que você não viu. Tudo.
- Lelouch... – a repentina surpresa do ex-motoboy se acumula em mais raiva antes de religar a ferramenta em mãos – APAREÇA! LELOUCH! – ele inicia a destruição do telão – VENHA AQUI! VENHA ATÉ MIM! SEU MENTIROSO!
- Mao, você perdeu. – é a última coisa que Lelouch diz antes da sua imagem sumir.
- O que você está dizendo?! Já chega! Enquanto a C.C. e eu... – de súbito, passos fortes e sincronizados são escutados ao longe – É você Lelouch?
- É ele! Abaixe sua arma e se renda! – um grupo uniformizado começa a cercá-lo.
- Quem são essas pessoas? – a luz de um helicóptero cai sobre o criminoso.
- Último aviso para o sequestrador: abaixe sua arma e se renda!
- A polícia? – Mao olha para os lados com confusão e medo – Quem os informou?
C.C. consegue se apoiar em um dos cotovelos para se erguer um pouco enquanto os guardas se aproximam, armados e protegidos por escudos de aço. Nesta ocasião, um policial fica ao seu lado, recolhe a arma dela do chão e a segura no colo. Debaixo desta fantasia está um sério Lamperouge. E Suzaku espera na porta do seu carro atrás deles.
- Lelouch? – a mulher indaga surpresa – Por que você está aqui?
- Impossível! – o inimigo se abala – Você estava longe até agora há pouco, certo?!
- Você é um idiota? – o sorridente segurança se vira na direção dele – Tudo aquilo até agora era uma gravação. – o semblante do adversário contorce.
- IMPOSSÍVEL! Mas... Mas você não falou comigo?
- O jeito que você pensa é muito simples.
- Você até mesmo previu as minhas respostas? – Mao diz surpreso, se indignando em seguida – NÃO BRINQUE COMIGO, SEU PIVETE! Eu vou sair imediatamente, mesmo se eu for pego pela polícia! – o rapaz o ignora e caminha devagar até seu amigo.
- Lelouch, por favor, espere! – a herdeira de Corabelle pede, entretanto ele nem a olha – Se você conversar direito com ele... – antes que ela continue, o seu perseguidor levanta a serra elétrica para o alto, e então o chefe de polícia ordena abrir fogo ao grupo mais próximo, impelindo o motoqueiro a se abaixar um pouco – MAO!
É o fim de Mao. Lelouch rapidamente coloca C.C. no banco traseiro do carro do Kururugi, ficando ao lado dela, e eles se dirigem ao hospital. Enquanto o Lamperouge usa um pano limpo para, sensatamente, pressionar o buraco no braço da moça, Suzaku faz contato com a esposa. Euphemia logo aciona os amigos e pede um táxi para chegar primeiro ao hospital escolhido com Nunnally. Ela deixa a equipe médica de sobreaviso, e os visitantes no local que ouvem o relato do caso compartilham a fofoca na internet.
Em minutos, jornalistas e curiosos cercam a área esperando o trio, que ao chegar na clínica precisa da ajuda de seguranças para entrar. O protetor particular da ricaça de pronto a coloca sobre uma maca preparada, e assim ela é levada à uma sala de operação.
Continua...
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