A Dona do Pedaço

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sábado, 12 de maio de 2012

A Visão do Pecado

Cap. 5
A Visão do Pecado


É uma nova manhã, e na mansão de C.C. não há um sopro de vida além da própria jovem, que acaba de acordar. Após sua higiene matinal, ela veste um robe por cima da camisola e se encaminha para o andar de baixo, pensando no que irá comer no café. Na cozinha, entretanto, não há atividade, nem em qualquer outro lugar, como a moça acaba percebendo. Estranhando a solidão, seus olhos se arregalam ao ouvir um barulho.
Indo à sala de jantar cautelosamente, no caminho ela abre uma gaveta do armário na sala, tirando uma tampa de madeira que camufla o interior. A ricaça pega a arma ali escondida e continua a caminhar, mas quando chega no cômodo tem a surpresa de ver a mesa posta para uma pessoa. Há frutas frescas, pães em um cesto, omeletes num prato a parte, perto da manteiga, da geleia e dos cremes, condimentos e uma louça limpa.
C.C. se aproxima receosa, contudo admirada pela beleza do novo arranjo de flores, no vaso sobre a toalha, e sente o cheiro bom das salsichas e do bacon. De repente, uma sombra se projeta atrás de si e, sem pensar duas vezes, ela aponta a arma para a pessoa.

- Uou! Cuidado com essa coisa! – a adrenalina da jovem recai ao ver quem é.
- Lelouch?! – com um suspiro, a moça abaixa a pistola – Ficou maluco? Eu podia ter te matado! O que está fazendo na minha casa?
- Preparando o seu café. – ele responde levantando o bule azul em mãos, pegando o pires na mesa pra encher a xícara com detalhes dourados, combinando com o conjunto – Espero que tenha porte de arma. – a dama ao seu lado bufa, depositando o objeto na cristaleira e tentando se recompor ao passar as mãos no cabelo e fechar mais o robe.
- Como você entrou aqui? Cadê os meus empregados?
- Eu dispensei todos para poder conversarmos melhor.
- Não pode dar ordens aos meus criados! – ela esbraveja, tentando parecer séria ao cruzar os braços, mas corando por fitar a sua pele exposta, graças às aberturas da camisa branca, o que faz brotar um sorriso nos lábios masculinos.
- Não foi exatamente uma ordem; foi mais um pedido. Então, eu fiz o seu café, se não se incomoda. Espero que goste. – a senhorita chega perto da mesa devagar e apoia a mão sobre uma das cadeiras, olhando-o desconfiada.
- Por que está aqui? – o motoboy desvia o olhar do dela, porém mantém o sorriso.
- Não quer comer primeiro? Nós podemos conversar enquanto tomamos o café. – C.C. estreita os orbes, fazendo uma careta que o faz suar frio, contudo logo suspira.
- Tudo bem então. – antes que a jovem afaste a cadeira, o entregador toma a frente e espera que sente, todavia, a própria mulher leva o assento para perto da mesa antes que ele também o faça, e pega o guardanapo de pano para colocar sobre o colo – Você só preparou chá? – o Lamperouge confirma com a cabeça – Prefiro café.

Mesmo dizendo isso, a moça toma um gole do chá em sua xícara. Lelouch espera de pé, próximo a ela, até ser encarado com estranheza.

- Tem alguma coisa no meu rosto? – o rapaz nega com a cabeça.
- Eu só imaginei por que você não voltou para o quarto para se trocar.
- Não quero ter tanto trabalho. Além do quê, é só você. Já fizemos sexo mesmo. – ele engole a seco enquanto a ricaça passa manteiga no pão – Pelo que me lembro, você sugeriu que nós conversássemos durante o café. E então? Não vai se sentar?

O motoqueiro fica surpreso com o convite, mas pega prato, xícara e talheres para se servir e senta perto dela. Após passarem um tempo comendo em silêncio, o motoboy limpa a garganta a fim de chamar atenção, entretanto, C.C. não se vira.

- Pare de enrolar e fale de uma vez. O que quer comigo?
- Então, eu... Preciso de um favor. – como a dama permanece calada, ele continua encabulado – Antes de tudo, eu quero dizer que sinto muito pelo que aconteceu antes...
- Poupe-me, Lamperouge! – a jovem o interrompe – Desembuche ou vá embora!
- Tudo bem. – o Lamperouge pede calma com uma mão – Bom, não é para mim a ajuda. É meu amigo, Suzaku... Ele é casado com nossa amiga de infância, Euphemia, e acontece que, há mais de duas semanas, os dois saíram pra um passeio. Quando Suzaku deixou Euphe só por um instante, ela foi raptada. – a reviravolta súbita na história atrai a atenção da moça finalmente, como o entregador queria – Ele pediu ajuda à polícia e ela foi encontrada logo, mas quando a acharam... – os dedos de Lelouch se contorcem ao redor da sua xícara – A Euphe já tinha sido estuprada.
- Como? – a ouvinte franze o cenho, muito surpresa.
- Minha irmã e eu conversamos com ela. Euphe parece não estar abalada, mas não é bem assim... Ontem eu falei com Suzaku e ele me confessou que ela nem se deixa ser tocada. Faz dias que ele não pode abraça-la direito. Isso está atormentando demais os dois. O Suzaku até se culpa pelo que houve, e para piorar, pelo menos na condição atual, Euphemia pode estar grávida. Nesse ritmo, o casamento deles vai se despedaçar.
- Entendo. É uma situação bastante complicada de fato. Agora, por que você veio pedir logo a minha ajuda? – C.C. pergunta de modo compreensivo.
- Bom, eu penso que a Euphemia talvez precise de uma amiga, alguém com quem possa se abrir. Sua irmã mora muito longe e ela quer que seus irmãos não saibam do que houve. Nunnally conversa com ela, mas as duas não tem a mesma mentalidade para esse assunto. Se você pudesse falar com ela, Euphe talvez desabafasse. Eu sei que não tenho direito de te pedir algo, mas não tenho mais a quem recorrer. Não conheço Kallen, Milly ou Shirley o suficiente para pedir uma coisa dessas.
- Mas como eu sou a mulher com quem você já dormiu uma vez, tudo bem?! – ela questiona acidamente e o motoqueiro abre a boca, sem saber o que responder a princípio.
- Não! C.C., eu vim pedir a sua ajuda não só por te conhecer melhor, mas também porque eu sei que você aceitaria o meu pedido sem pôr o nosso relacionamento na frente! Estou te pedindo para ajudar uma mulher inocente, como amigo dela!
- Bem, eu não sou muito de ajudar os outros, pra falar a verdade. E nós nunca nem tivemos um “relacionamento” para começar. – a voz dela sai triste, embora mantenha uma postura altiva – Esse seu amigo é tão importante assim para você vir falar comigo?
- Sim. Os dois são. – C.C. sorri de repente, fazendo o Lamperougecorar.
- Então está bem, eu ajudo. Amanhã eu vou à pizzariae você me leva para vê-la. – enquanto a moça termina seu chá, ele sorri aliviado.
- Obrigado! Muito obrigado C.C.! – sem responder, a dama se levanta e anda na direção da escadaria, sendo seguida pelo rapaz.
- Pode ir embora agora. – antes que dê os primeiros passos para subir até o quarto, Lelouch segura seu braço esquerdo e ela se vira com surpresa.
- Agora... Será que nós podemos conversar sobre aquele outro assunto?
- Não temos o que conversar. Você fez uma grande estupidez, Lelouch, mas eu sei que tenho um poder capaz de afastar as pessoas à minha volta, por mais que não queira. – C.C. se desvencilha dele – Essa não foi a primeira, e provavelmente não será a última vez, em que termino sendo traída. E certamente eu mereço.
- Do que está falando? – o motoqueiro arqueia uma sobrancelha.
- Não importa. Até amanhã. – a ricaça lhe dá as costas.
- Ei, espera aí! Não é melhor eu vir te buscar? Você vai ser reconhecida se sair...
- Espero ser recepcionada com uma deliciosa pizzaamanhã! – ela o interrompe e levanta o indicador direito enquanto sobe as escadas.

Surpreso com a resposta, o Lamperouge só toma a iniciativa de se mover quando ouve a porta do quarto dela ser trancada. Antes de ir embora, observa a pistola deixada na cristaleira e se recorda da ligação que a dona da mansão recebera antes de dormirem juntos. “De quem ela tem tanto medo afinal?”, ele se pergunta ao sair. No dia seguinte, após o almoço, C.C. surge de surpresa na Pizza Hut, entrando pela área de serviço para não atrair a atenção pública. O que funciona, especialmente graças às suas vestes.
Devido o pouco movimento, Lelouch conversa com os colegas na cozinha, porém ao ver a moça invadindo, ele finge que vai ao banheiro e se dirige ao corredor. A cliente VIP é pega de surpresa pelo pulso e levada de volta a porta dos fundos.

- Ficou louca? – o motoboy sussurra – O que está fazendo aqui uma hora dessas?
- Não fique bravo. Eu não fui vista. – ela esconde uma mecha solta do cabelo em sua boina branca e levanta a gola da jaqueta – E se não esqueceu, eu disse que viria.
- Sim, mas não achei que seria agora! Ainda estou trabalhando!
- Pois eu só tenho este tempo disponível. Sinto muito.
- O que você vai fazer de tão importante mais tarde?
- Assistir ao meu programa de auditório favorito. – a jovem responde facilmente e provoca uma veia na testa masculina, o que a faz rir – Você é interessante, Lelouch.
- E você é irritante. – ele suspira, fitando o arredor – Escute, eu vou falar com meu chefe, dar uma desculpa qualquer e pedir que me libere mais cedo. Não saia daqui!

C.C. revira os olhos, fazendo que sim com a cabeça antes do rapaz ir embora, mas logo se distancia para uma inspeção. Entediada, ela começa a observar o movimento dos cozinheiros e sente um cheiro que atrai a sua atenção. Uma nova pizza acaba de sair do forno e é feita com pequenas porções de cachorros-quentes, coberta com muito queijo e molho. A ricaça se delicia com a visão e sorri contente, escondida nas sombras.
Quando o motoqueiro retorna, já com as roupas casuais e uma mochila nas costas, acaba se aborrecendo por não encontrar sua companhia onde devia estar, então começa a procura-la. Ao localizar seu alvo, se aproxima cautelosamente.

- Ei, eu disse pra ficar...! – o Lamperouge se interrompe ao ver os brilhantes olhos dela – Oi, sua viciada em pizza, vamos embora antes que alguém te veja.
- Você me prometeu uma pizza pelo meu serviço. Por que nunca me trouxe aquela?
- Para começar, eu não me lembro de ter prometido coisa alguma a você.
- Você devia ter ficado me esperando com aquilo ali nas mãos.
- Eu não sou seu empregado, e aquela pizza é uma opção nova no cardápio.
- Eu devia ter sido a primeira a experimentar! – a moça range os dentes.
- Ok, depois eu entrego uma para você, certo?! – é a vez dele de revirar os olhos e suspirar, deixando escapar um sorriso ao vê-la sorrir extasiada antes de correr para fora – Nós vamos na minha moto. Tudo bem?
- Claro. – ela aceita o capacete que ele lhe estende e senta na moto.
- Pensei que uma milionária não teria uma calça jeansguardada no armário.
- Isso só mostra que você não me conhece. – pondo os tênis calçados na pedaleira traseira, a jovem o abraça pela cintura, ato que o deixa atiçado – Aonde nós vamos?
- No trabalho do Suzaku e da Euphemia: a doceria.

E assim, o casal parte. Chegando ao seu destino, eles encontram a doceria fechada. Lelouch bate na porta insistentemente, chamando o nome dos amigos, até Suzaku abrir.

- Lelouch? O que faz aqui... agora? – o proprietário da loja olha dele para C.C. – Minha nossa! É a...?! – neste momento, Nunnally e Euphemia aparecem na entrada.
- Senhorita C.C.! – a mais nova sorri e estende a mão – Que prazer revê-la!
- Ah... Digo o mesmo. É... Nunnally, não é?! Desculpe se estou atrapalhando.
- Não está. Euphe, essa é a senhorita C.C. – a mulher se aproxima e aperta a mão da recém-chegada também, pendendo a cabeça levemente para a direita.
- Como vai? É um prazer conhece-la finalmente! Lulu falou tanto de você que eu fiquei imaginando quando ele ia apresenta-la pessoalmente pra nós. – o motoboy encara Euphe com olhos arregalados de vergonha e nervosismo, fazendo a ricaça segurar uma risada – Então, nós sabemos o que aconteceu entre vocês dois. Lulu já pediu desculpas? Eu espero que sim, porque é o mínimo que deveria fazer.
- Eu já me desculpei sim, mamãe! – ele reclama, entretanto, percebe tarde demais que a brincadeira com a palavra “mãe” não devia ter sido feita dadas as circunstâncias, agora visivelmente relembradas pelas expressões de tristeza dos casados e de sua irmã.
- Bom... – C.C. tosse, quebrando o clima tenso – Podemos entrar? – os donos do local confirmam e dão passagem – Na verdade, eu vim aqui hoje para falar com você.
- Comigo? – a doceira aperta os dedos uns contra os outros – Por quê?
- É um assunto importante. Tem um lugar mais reservado para conversarmos?

Euphemia fita seu marido rapidamente, logo guiando a convidada para o depósito. Mesmo preocupada, Nunnally aceita o pedido do irmão e as deixa em paz, indo atender dois clientes recém-chegados após a placa da loja ser virada para “aberto”. Enquanto isso, o Kururugi senta em frente ao Lamperouge, junto a uma mesa perto da janela.

- Por que a trouxe para cá exatamente, Lelouch?
- Acho que Euphemia talvez precise conversar com uma amiga.
- Sei... – Suzaku abre um leve sorriso – E por que, dentre tantas pessoas, você foi escolher logo a C.C.? Não que eu esteja reclamando...
- Ela me fez a mesma pergunta. – Lelouch ri, juntando as suas mãos sobre a mesa – A verdade é que essa mulher me atrai mais do que eu esperava. – seu amigo faz uma expressão surpresa, provocando um sorriso nele.
- Te “atrai”, você diz. Então está gostando dela de fato? Parece intrigado com isso.
- Eu posso dizer que estou realmente mais intrigado do que outra coisa por agora.
- Neste caso, vai investir na sua curiosidade ou pretende deixar para lá?
- Você me conhece. Depois que começo um jogo, eu não desisto até o xeque-mate.
- Está certo... Apenas tome cuidado para não fazer besteira de novo, ok?!
- Não se preocupe comigo. E... Eu também vou ver se um dos amigos da Nunnally pode cuidar dela... – antes que o motoqueiro prossiga, o comerciário acena em negação.
- Nem precisa terminar. Nós vamos continuar tomando conta dela, pode deixar.
- Este não é o melhor momento para ter outra pessoa morando com vocês, Suzaku. Tenho certeza que Euphe vai se sentir mais confortável se estiverem sozinhos.
- Eu já não tenho tanta segurança nisso. – o Kururugi dá um sorriso deprimido – Na verdade, Euphe está aproveitando a companhia da Nunnally muito mais do que antes. Acho que ela não se sente mais segura perto de mim.
- Pare de falar asneira! – o motoboyrepreende, surpreendendo seu parceiro – Você é o marido dela! Euphe só precisa desabafar, botar pra fora o que sentiu daquela vez e o que está sentindo agora. Depois de falar sobre isso, aos poucos a Euphemia vai superar esse medo de ser tocada, então você precisa continuar a protege-la, como o cavaleiro de armadura brilhante que sempre foi pra ela. – Suzaku silencia por um tempo, absorvendo as palavras proferidas, até começar a rir com gosto.
- O que você disse? “Cavaleiro de armadura brilhante”? É sério?
- Sim. – o Lamperouge faz um bico envergonhado – Ao menos era assim que toda a escola te via. Aliás, você sempre foi o cavaleiro da Euphe, que era como uma...
- Princesa. – o proprietário cessa as risadas e abre um sorriso sereno, fitando o teto ao se perder em pensamentos distantes – Ela sempre foi a minha princesa; a única que eu quis proteger desde o começo. Mas eu...
- Você não falhou com ela. – Lelouch o interrompe, como se lesse a sua mente – Escute, o que aconteceu não foi culpa sua. Não tinha como adivinhar o que aconteceria. Apenas pare de se culpar e vá cuidar da sua mulher. Eu não posso levar Nunnally para aquele apartamento apertado e quente onde eu moro, mas posso pedir que alguma amiga dela divida sua casa com ela por enquanto. Você e Euphe nunca nos cobraram nada para mantê-la, então agora eu tenho condição de dar algum dinheiro à Nunnally pra despesas temporárias. Depois de alguns dias sozinhos, aposto que vão se sentir novos em folha.

Ao fim das palavras, o comerciante suspira e termina abrindo um sorriso, que logo vira uma risada sincera. Ele se levanta, ato copiado pelo motoboy, e ambos se abraçam.

- Obrigado Lelouch. Você é um ótimo amigo. – os dois se distanciam um pouco.
- Não é nada comparado ao tanto que já fez por mim, Suzaku. Eu é que agradeço. – eles batem nas costas um do outro e riem.
- Mas neste momento seria conveniente ter um fundo de reserva, como eu havia sugerido no dia em que a Nunnally começou a trabalhar na loja. Queríamos paga-la pelo serviço, contudo tanto você quanto ela recusaram.
- Claro! Ela já está morando na sua casa de graça, e comendo às suas custas. Seria sacanagem ainda deixar que vocês pagassem! Não; nosso sistema da troca de favores já está bom. Embora eu ainda esteja devendo alguns.

A dupla ri outra vez, para logo em seguida Suzaku retomar seu trabalho. Notando o irmão se perder em pensamentos ao observar a janela na sua esquerda, Nunnally toma a iniciativa de lhe servir uma xícara cheia de chá.

- O que houve irmão? – ele pisca os olhos, despertando da sonolência, e sorri.
- Nada demais. – o Lamperouge leva o recipiente até os lábios, todavia pausa seus movimentos vendo a irmã arquear uma sobrancelha – Por que está me olhando assim?
- Por que não pede desculpa para a C.C.? Quero dizer, apropriadamente.
- É... – o motoqueiro abre a boca sem conseguir dizer coisa alguma por um tempo – Ah... Claro, você já sabe de tudo. Suzaku e Euphemia são mesmo...
- Não me subestime irmão. Eu não preciso ouvir tudo deles para entender o que se passa a sua volta. E também... – ela une as mãos inquietas, corando levemente – Milly e os outros me contaram algumas coisas. – Lelouch bufa de irritação e bate seu indicador direito sobre a mesa – De qualquer forma, converse comigo!
- Não tem muito mais o que dizer. Eu me precipitei e fiz uma besteira, mas agora as coisas parecem ter se resolvido. Nossas vidas vão voltar ao normal.
- Como pode presumir isso? Muita coisa aconteceu, então, por favor, não se afaste de todos e finja que não foi afetado pelas mudanças. – a moça toca as mãos dele – Sei que se preocupa comigo, mas eu também me preocupo com você irmão. Só desejo que seja feliz, portanto, ao menos tente.

Antes que o rapaz responda, C.C. e Euphemia saem do depósito, e é visível que a senhora Kururugi está bem contente. Tanto que até permite um abraço do marido. Dessa forma, se dando por satisfeita, a ricaça decide partir, e termina sendo acompanhada pelo motoboy, quando este é empurrado porta afora por Nunnally. Porém, ao invés de ir para casa, ela pede que ele estacione sua moto numa praça deserta nas redondezas. Enquanto a jovem curte a brisa, seu par reflete sobre os conselhos que ouviu e toma uma decisão.

Continua...

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