A Dona do Pedaço

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Cap. 1

Mais uma fic que demorou para ser trabalhada, mas cá está:

Obs: Esta fic foi baseada no mangá de Wanted, mas mesmo os fãs que nunca viram mais gordo não precisam se preocupar, que são detalhes perceptíveis aos que já leram e não têm influência na história.

O Wrath aqui mencionado é o da primeira fase de FullMetal, antes da Brotherhood.

Peace é uma personagem de minha responsabilidade.

As " " são os pensamentos da Winry.

Cap. 1

Indo da Terra ao Mar


Minha aventura começou como toda história de contos-de-fadas...:

"Em um reino distante vivia o pequeno Edward, o orgulho do rei viúvo, Roy. Com seus dez anos, Ed já era conhecido por ser o príncipe mais belo e talentoso que existia! Um dia uma mulher foi chamada por seu pai para trabalhar na cozinha, e ela levou sua sobrinha um ano mais nova que ele para o castelo também, já que a pobre menina não tinha mais ninguém. A gentil Winry virou a companheira de brincadeiras do príncipe. Quando corriam pelo jardim em uma tarde, de repente apareceu um navio gigantesco nos arredores.

Logo que foi abaixando suas velas negras e ancorando próximo à entrada do castelo, cercado pelo mar, a ponte desceu e uma carroça cheia de feno entrou. Mas ao invés de um simples plebeu, assim que a carroça passou pela segurança, aquele ser se mostrou um terrível pirata que atacou os guardas do rei junto com seu bando saído do feno! Edward tentou se proteger perto do pai depois que a garota correu para junto da tia, mas foi levado pelo terrível chefe junto com o ouro.

Do navio puderam-se ouvir as gargalhadas daquela sombra temida pelos militares da marinha, que mesmo chegando a tempo não detiveram a embarcação! Àquela foi uma noite de tristeza para o povo, que viu o único herdeiro do trono desaparecer conforme os canhões atiravam cada vez menos. "

Mas uma garota não vive sempre de castelos, cercada de mimo e à espera de um príncipe encantado. Eu sou a maior prova disto! Vou contar como tudo esteve e está ocorrendo:

Sete anos depois

- Winry! Pega logo esse caixote para embarcarmos! – reclama o chefe-de-divisão, um barbudo mal-humorado que fede mais que do que os bagres dos pescados pela manhã, além de ser feio e careca e ainda tem a cara-de-pau de perguntar o motivo de não arranjar uma namorada desde seus trinta anos de vida!
- Já vou, já vou! – tento pegar o caixote. Apesar de tudo, ele me trata bem melhor do que o ranzinza, mesquinho e tarado do vice-almirante! Nem os cabelos verdes tingidos tiram o ar de carne ultrapassada!
- Winry! Quero que fique do meu lado durante a viagem.
- Mas eu tenho que servir o café dos...
- Isto é uma ordem, senhorita! – sorri, antes de sentar em uma cadeira forrada de pele de leão dentro de sua sala, uma porta no convés entre o timão e o andar de baixo.
- Sim senhor! "Ai, como odeio este cara!"

Para me manter do seu lado durante a maior parte do tempo entre as viagens em que sirvo à marinha e os deveres dentro do castelo ele sempre usa o "Isto é uma ordem" como desculpa, porque sabe que fui designada pelo rei a servir ou a si ou a ele somente desde que o almirante se foi para lutar em batalha! Mas logo isto vai mudar, já que agora tenho a oportunidade de assassiná-lo!... Na verdade, não sou órfã como contei antes e como todos pensam...

Minha mãe, a rainha Riza, perdeu o direito ao trono de Alcheard em uma batalha violenta entre meu pai e o rei Roy. Quando meu pai adoeceu e morreu na guerra ele virou o governante. Para fazer com que minha querida mãe consiga novamente poder para livrar o povo das regras bobas de Roy devo assassinar o vice-almirante Envy e enfraquecer os poderes do seu orgulhoso exército senil. Como farei isto ainda não sei, mas nesta viagem há chance!...

De qualquer forma, minha prioridade agora é suportar as cantadas baratas deste louco até ter permissão de sair da cabine ou a oportunidade de esfaqueá-lo! Já não suporto navios e andei minha vida toda por terra; nem sei o que deu na tia Ross para me colocar nesta situação depois do desaparecimento do príncipe. Devíamos ter ido embora...

- Piratas vindos do leste! – anunciam. Ótimo, meu dia está completo! Envy se prepara para sair da cabine.
- Fique aqui! – ordena antes. E eu tenho cara de quem vai querer sair?
- Mas e se os piratas entrarem? Como me defenderei?
- Eles não vão avançar, eu lhe garanto! – bate a porta. Posso ouvir a luta de gritos e espadas, mas não há como saber quem está ganhando. Agora passos descendo as escadas até a cabine.
- Ora, ora! Olhem isto rapazes. – dois piratas surgem e um deles me segura – O capitão vai gostar de ver você! – empurra-me para o convés. Pena eu não ter muita habilidade com lâminas, poderia usar minha faca...! Eu nem tenho tempo de dizer nada; o cara com bafo de cigarro chama a atenção dos outros em seguida – Ei, capitão!
- O que é Havoc? – escuto o último dos militares ir de encontro ao chão por um soco. Começo a tremer, sem evitar que o cara ande me empurrando mais para frente.
- Olha só o quê nós encontramos. – como assim "o quê"? Eu sou um acessório bonitinho que ele viu largado?
- Solte-me agora! Você não se dará bem nisto, nenhum de vocês! Quando o vice-almirante souber disto...
- Ele fará o quê? – escuto o chefe deles falar novamente, detrás dos tripulantes. Envy aparece socado e amarrado pelas mãos, jogado no chão de joelhos depois de ser empurrado.
- "Aparentemente, a garantia dele passou da validade!" – logo em seguida, entre os risos, um garoto loiro guarda a enorme espada de cabo dourado e repleta de jóias preciosas do Envy na bainha e entrega para um dos seus subordinados, batendo as mãos. Seu braço direito é uma prótese e ele a transforma em uma lâmina afiada, pondo a outra mão no bolso enquanto a aponta para Envy e me encara. Somente consigo esboçar um sorriso – Quem é você?
- O pirata Edgar, líder do bando do Star Gold! – ergue uma sobrancelha para a minha ignorância e aponta para seu navio, preso por correntes ao da marinha. Sem conseguir me conter, começo a rir – Qual é a graça?
- Imaginei alguém mais alto, só isso!... – ele levanta o punho livre, indignado para a minha surpresa.
- Como é que é? – seus homens se entreolham.
- É mesmo... Já reparou no tamanho do capitão, Denny? – fala o que está com a espada do Envy.
- Acho que ele diminuiu mais desde o nosso último saque! – concorda o tal Denny – Quando foi em Kain?
- Semana passada, mais ou menos antes do Falman comprar o leite que o capitão jogou fora pela prancha...
- Sim, mas o Breda tinha ficado de contar o ouro em pilhas na semana passada, e elas estavam maiores que ele! – aponta este Falman ao com a espada. Assim que volto meus olhos ao loiro todos se afastam.
- Dá para parar de falar que eu sou pequeno? – berra com uma veia vermelha e batendo os pés no chão.
- Sim senhor! – tomam forma. Ele bufa e se volta ao pirata que estava desde o início ao meu lado.
- Hughes, leve-a para o navio junto com as jóias e o dinheiro que achamos! – aponta para mim e se distância. No mesmo instante sou trocada de mãos para o Hughes sorrisinho...
- Ei, espera um pouco! Não pode fazer isto comigo! – mas ele nem me dá atenção e passa depois de todos para seu navio, empurrando com o pé para afastar uma embarcação da outra. A prancha da marinha cai no mar.
- Ei! Dê lembranças minhas ao rei! – o líder ri e os outros o imitam, fazendo uma saudação em pose militar. Afastam-se rindo. Logo que não se dá mais para ver a costa Hughes me solta.
- Mais que droga! E eu que achava que não me faltava acontecer mais nada; agora sou raptada por piratas!
- Não se preocupe; estes brutos não farão nada com você!
- Sheska...! – indaga de longe aquele Breda para a garota carregada de livros que pára um momento – E como sabe se não faremos nada com ela? – cruza os braços com um sorriso. Ela devolve o riso.
- Porque, se fizessem, os seus traseiros iam ser chutados para fora do navio pelo capitão, e eu olharia de camarote!
- Que cruel! – ri o outro – Estes livros são do roubo?
- É Kain, e quero que me ajude a separá-los para o próximo desembarque! – ele pega metade dos livros nos braços – Qual é o seu nome? – vira-se para mim depois de começar a andar.
- Ah... – se falar o verdadeiro serei descoberta! Vou mentir de novo – Wendy!
- Foi um prazer te conhecer! – sorri. Sorrio de volta e ela bate no ombro do ajudante.
- Vamos de uma vez! – saem na direção de uma porta perto da popa pouco antes de chegar outra garota, muito bonita e de ar comportado que também me sorri. Com certeza ouviu minha apresentação!...
- Olá! Você então é o novo membro da tripulação? – bingo!
- Mei, e aí? – cumprimenta o tal Falman – Já arrumado? Parece que tudo está no seu lugar!
- Sim! – estreita os olhos de repente, ainda de mãos juntas – Mas se vocês desarrumarem de novo, vão ver o que eu vou fazer! – eles se encolhem ao meu redor. Retiro o que disse: ela não é nem um pouco normal – Então, você é mesmo a nova tripulante? – abre de novo o sorriso. Bom, vamos sorrindo também...
- Sou sim, involuntariamente, mas sou! – ela segura minha mão e me puxa.
- Bem, tenho certeza de que vai adorar navegar conosco pelos mares! – sorte a minha...!

Continua...

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